Derrite antecipa saída do governo de SP e voltará em definitivo para a Câmara de olho em vaga no Senado em 2026

  • 20/11/2025
(Foto: Reprodução)
Tarcísio de Freitas e Guilherme Derrite durante cerimônia de aniversário da Rota, em SP TOMZÉ FONSECA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Relator do Projeto de Lei Antifacções, o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) afirmou em entrevista à GloboNews que deixará o governo de São Paulo em dezembro deste ano e voltará de forma definitiva à Câmara dos Deputados em fevereiro do ano que vem de olho nas eleições de 2026. 📱 Acesse o canal da Sadi no WhatsApp O secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, se afastou do cargo para relatar o projeto na Câmara. Segundo ele, já houve um acordo com Tarcísio para definir sua volta ao Congresso Nacional "debruçado sobre esse [segurança] e outros tantos temas". "Retorno [à Secretaria da Segurança Pública] agora, dia 24, e daí vou combinar com o governador o meu retorno definitivo pra Câmara. Mas pode ser que aconteça esse ano ainda", disse, ao colocar em 9.9 em uma escala até 10 a chance de isso acontecer. "Também é um ano eleitoral, e eu confesso que as atenções não só de vocês da mídia, mas nossa também, já estão bem voltadas para o ano que vem. Isso deve acontecer, sim [volta à Câmara], afirmou Derrite. O objetivo com a volta à Câmara, segundo Derrite, é acompanhar e participar dos debates que tratam de segurança pública, como a PEC da Segurança proposta pelo governo Lula (PT). Veja os vídeos que estão em alta no g1 Derrite antecipa em quatro meses o período limite que teria no governo paulista. Eventuais candidatos que tenham cargos públicos devem deixar os postos até março do ano que vem para poder se candidatar em outubro. O secretário optou por negociar com Tarcísio a saída antes do prazo legal. Eleição de 2026 O deputado está de olho em uma das duas vagas no Senado que estarão em disputa por São Paulo na eleição do próximo ano. Segundo ele, já há um aval de Bolsonaro para que ele seja um dos nomes do campo da direita paulista. "Qualquer político da direita no Brasil que não tiver o aval de Bolsonaro, dificilmente consegue se eleger em uma campanha majoritária", afirmou, ao dizer que sua saída do PL para o PP foi construída com aval de Bolsonaro, de Tarcísio, de Valdemar da Costa Neto (presidente do PL) e Ciro Nogueira (presidente do PP) para que fosse "uma saída amigável". Dois nomes estão entre os cotados para assumir a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo no lugar de Derrite: Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo de Segurança Pública, e Marcello Streifinger, atual secretário de Administração Penitenciária. PL Antifacções Aprovado na Câmara nesta semana, o texto teve relatoria de Derrite sofreu ataques do governo Lula (PT) e de integrantes da oposição. Ao todo, ele fez seis versões até que o projeto de lei fosse aprovado em plenário -- o placar foi de 370 voto a favor e 110, contra. O texto endurece penas, cria novos crimes, amplia poderes de investigação e determina regras especiais para líderes de organizações criminosas. Relator do PL do Antifacção no Senado diz que fará revisão completa Segundo o deputado, o governo preferiu "ficar na narrativa política" em vez de debater o tema e que não vê problema na quantidade de versões apresentadas antes da aprovação. "Sobre as seis versões, se precisasse eu apresentaria dez, 15, 20. Eu não tenho compromisso nenhum em mudar de opinião, desde que seja para melhor. E foi o que foi feito. E é natural, não foi a primeira vez nem será a última", disse. Agora, o texto vai para análise do Senado. Caberá ao senador Alessandro Vieira relatar o tema e ele já anunciou que deve fazer mudanças no texto aprovado pela Câmara, o que não é um problema na visão de Derrite. "Tenho certeza que o Senado, na medida do possível, vai até aprimorar o texto e, se isso acontecer e tiver alguma alteração, é natural e volta para a Câmara decidir se o que foi colocado pelo Sanado melhorou o texto ou se vai optar por manter o texto anterior. A chance aprimoramento, de melhora, é grande", disse à GloboNews. O que diz o projeto? O texto do projeto se voltou para as “organizações criminosas, paramilitares ou milícias privadas” com ações praticadas “mediante violência ou grave ameaça”. O relator também estabeleceu a definição de “organizações criminosas ultraviolenta”. Apesar disso, o governo criticou a ausência de menção explícita a “facções criminosas”, e afirmou que buscará a votação para a inclusão deste trecho separadamente. A proposta dificulta ainda a progressão de regime de pena para membros de grupos criminosos. O texto atual endurece penas, cria tipos penais específicos para ações de facções e amplia instrumentos de investigação. O texto não altera a Lei Antiterrorismo e não mexe nas regras que tratam das atribuições da Polícia Federal, como chegou a ser previsto nas primeiras versões do relatório. 🔍A oposição tentou incluir a equiparação com terrorismo de última hora, na votação no plenário, por meio de um destaque (alteração ao texto). Motta, que ao longo de toda a discussão se colocou contra a equiparação, barrou o destaque e prosseguiu com a votação. 👉🏽 Na última versão do relatório, Derrite também incluiu o garimpo ilegal como agravante para ações de organização criminosa com um aumento de pena nesses casos. Do governo para a oposição O projeto foi enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional em outubro. Poré, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), escolheu o deputado Guilherme Derrite (Progressistas-SP) como relator . Essa decisão incomodou o governo, que criticou a decisão de Motta de dar um projeto de autoria do governo para o secretário de segurança de São Paulo, do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), e que deixou o cargo apenas para fazer a relatoria. A tramitação da pauta também foi tumultuada, com governo e oposição tecendo críticas às propostas de Derrite. Entre os pilares do texto, está o aumento da pena para ações ligadas a organizações criminosas que podem chegar a 40 anos de prisão.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/11/20/derrite-saida-governo-sp-senado-eleicoes-2026.ghtml


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