Câmara se prepara para votar nesta terça a sexta versão do Projeto Antifacção; governo ainda quer ajustes

  • 18/11/2025
'Não estamos mexendo na lei antiterrorismo', diz Motta sobre PL Antifacção A Câmara dos Deputados deve votar nesta terça-feira (18) a sexta versão do Projeto Antifacção, que cria um novo marco legal para o enfrentamento de facções criminosas armadas. Mesmo após mudanças negociadas ao longo do fim de semana, o governo ainda vê pontos sensíveis e trabalha nos bastidores para promover ajustes no plenário. O texto — relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) — endurece penas, cria novos crimes, amplia poderes de investigação e determina regras especiais para líderes de organizações criminosas. O projeto é considerado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PP), uma das respostas mais robustas do Legislativo ao avanço do crime organizado. Ao sair da reunião do colégio de líderes, Motta afirmou que o projeto será votado. “Estamos indo para o plenário analisar o novo marco legal do crime organizado. Queria agradecer ao relator por estar dialogando para combater o avanço das organizações criminosas. Essa será a resposta mais dura da história da Câmara dos Deputados contra o crime”, disse. . “Estamos aumentando penas, tipificando crimes como o novo cangaço, domínio de territórios, levando chefes de facções direto aos presídios federais e monitorando contato com advogados”, disse o presidente. “Como presidente, estamos aqui para anunciar essa pauta. Faremos amplo debate, daremos voz a todos. Mas quem vai falar no final é o painel”, completou. Governo vê risco de descapitalização Apesar do acordo parcial, líderes governistas avaliam que a versão atual ainda “descapitaliza” a União e a Polícia Federal, especialmente no trecho que define o destino dos bens confiscados de facções. Segundo relatos feitos ao g1, integrantes da articulação afirmam que Derrite atendeu ao pedido de reforçar o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), mas o texto mantém a regra de divisão dos recursos quando houver atuação conjunta de órgãos federais e estaduais — o que, na visão do governo, reduz a disponibilidade de verbas para áreas estratégicas. Mesmo com a migração dos valores para o FNSP, e não mais para o Funapol, líderes afirmam que Outros fundos federais perderiam recursos, como o Fundo Nacional Antidrogas (Funad). Para tentar reverter o cenário, o PT já apresentou um destaque que busca retomar a redação original do governo. Essa versão previa que “o produto da alienação depositado em conta vinculada ao juízo será destinado à União, aos Estados e ao Distrito Federal, na forma prevista na legislação” atual — ou seja, com maior participação federal no rateio. Garimpo ilegal Em sua mais recente versão do texto, Derrite incluiu garimpo ilegal como agravante para ações de organização criminosa: aumento de pena de 1/2 a 2/3 nesses casos: O que está em jogo O texto a ser votado cria: ▶️penas de 20 a 40 anos para crimes cometidos por facções ultraviolentas; ▶️definições específicas para novo cangaço, domínio territorial e ataques com explosivos, armas pesadas e drones; ▶️regras para que líderes de facções cumpram pena obrigatoriamente em presídios federais de segurança máxima; ▶️mecanismos de monitoramento audiovisual de parlatórios, inclusive no contato com advogados em hipóteses excepcionais; ▶️medidas de confisco mais amplas, com bloqueio e alienação antecipada de bens, contas e criptoativos; ▶️possibilidade de intervenção judicial em empresas usadas pelas facções.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/11/18/camara-se-prepara-para-votar-nesta-terca-a-quinta-versao-do-projeto-antifaccao-governo-ainda-quer-ajustes.ghtml


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